quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

Acalanto

Lua,
Metáfora dos poetas,
Destino dos profetas,

Abençoa os proletas,
Que já vou me acamar.


Lua, avança!
Que a noite é uma criança
E cedo vais deitar.


Faz-me um favor?
Quando se pôr,
Podes me acordar.

Diego Ruas

segunda-feira, 28 de novembro de 2011

A Servidão Moderna



Documentário um pouco sensacionalista e exagerado às vezes, mas com um discurso coerente e de muitas verdades. O egoísmo humano não é fruto do capitalismo, mas o contrário. Será que a "natureza" cruel do homem impõe-se como único sistema para a civilização humana? Vale a pena ver e ouvir as críticas, buscar se informar e formar opinião.

"A servidão moderna é uma escravidão voluntária, aceita por essa multidão de escravos que se arrastam pela face da terra. Eles mesmos compram as mercadorias que lhes escravizam cada vez mais. Eles mesmos correm atrás de um trabalho cada vez mais alienante, que lhes é dado generosamente se estão suficientemente domados. Eles mesmos escolhem os amos a quem deverão servir. Para que essa tragédia absurda possa ter sucedido, foi preciso tirar desta classe, a capacidade de se conscientizar sobre a exploração e a alienação da qual são vítimas. Eis então a estranha modernidade da época atual. Ao contrário dos escravos da Antiguidade, aos servos da Idade Média e aos operários das primeiras revoluções industriais, estamos hoje frente a uma classe totalmente escrava, que  no entanto não se dá conta disso ou melhor ainda, que não quer enxergar. Eles não conhecem a rebelião, que deveria ser a única reação legítima dos explorados. Aceitam sem discutir a vida lamentável que foi planificada para eles. A renúncia e a resignação são a fonte de sua desgraça."

segunda-feira, 14 de novembro de 2011

Utopia

Utopia, o que há de ser?
No que ei de crer:
Paz, ciência?
Paciência...
Diego Ruas

domingo, 6 de novembro de 2011

Neologismo

Beijo pouco, falo menos ainda.
Mas invento palavras
Que traduzem a ternura mais funda
E mais cotidiana.
Inventei, por exemplo, o verbo teadorar.
Intransitivo.
Teadoro, Teodora.

(Manuel Bandeira)

[Petrópolis, 25 de fevereiro de 1947]

quarta-feira, 2 de novembro de 2011

Filmes ridículos, cenas incríveis - [26]

"Você é um coco, e eu vou matar você." (Stallone Cobra)
Cuidado!!! filme trash, com alta dose de testosterona!
...UAHuhhAhHAh.. Não se fazem mais dublagens como antigamente! HahuUhaAuhaHa

quinta-feira, 20 de outubro de 2011

Sociedade Democrática


sexta-feira, 7 de outubro de 2011

À Flor da Pele

O vento invadia a sala com seu canto assobiado pelas frestas da janela semi-fechada. Lá fora o mundo se acabava em água, a chuva lavava os pecados daquela cidadela profana.

A vida passava diante de seus olhos, delicados e profundos como o cálice de uma flor, fixados no horizonte além da janela embassada; à espera dele, enquanto perfumava aqueles aposentos com a sua presença, um apartamento frio e solitário do primeiro andar.

A tempestade ainda castigava a cidade, mas parecia aos poucos acalmar. O mar, só no horizonte tão, tão longe e o Sol atrás das nuvens continuava a se abrigar. Sua pele, mesmo glabra, não hesitava arrepiar diante das memórias esparsas daquele que cuidava, amava e antes de tudo existia: Qual fora a última vez que vieste regá-la? Tão seca, nem sequer uma lágrima de tristeza podia se dar ao luxo de derramar. Cessa a chuva. A rua molhada reflete o céu, destino indefectível da viúva abandonada a própria sorte, aprisionada no próprio lar.

O sino da Igreja já batia, anunciando o fim (da tarde). Quantos minutos mais podia durar, a flor que agora em seus momentos finais só sabia amar? Tão forte o simbolismo dessa rosa sentimental só podia culminar num quadro surreal. O Pôr do Sol, a flor caridosa, o amor de uma rosa, a morte e o final.

quinta-feira, 6 de outubro de 2011

Marcelo Camelo - Santa Chuva

terça-feira, 4 de outubro de 2011

O Trânsito "Nosso" de Cada Dia...

Para quem quer se comportar como a Classe Média brasileira, um ótimo ambiente de observação é o trânsito de nossas grandes cidades. Ali podemos estudar, por imersão total e com riqueza de detalhes, os valores deste peculiar grupo social.

O médio-classista encara o trânsito como se fosse uma grande batalha em defesa do seu direito individual prioritário de ir e vir, o que significa que cada indivíduo da Classe, no trânsito, tem prioridade um sobre o outro e vice-versa (numa estranha equação ainda não resolvida pela matemática). E todos têm prioridade sobre os pedestres (este ponto já é bem mais fácil de entender).

Para encarar o trânsito, cada cidadão da Classe deve estar equipado com seu carro. Se uma moradia médio-classista possui, por exemplo, 4 habitantes em idade para serem condutores, o ideal é que ali haja 4 carros. O carro é uma importante propriedade desses cidadãos, e seu interior é seu mundo particular, uma extensão de sua casa sobre rodas. Por isso, o carro para este público precisa ser equipado com "insulfim", equipamento de som, ar-condicionado e lugar para no mínimo cinco passageiros (para levar objetos e peças de vestuário, uma vez que raramente o carro do médio-classista trafega com mais de uma pessoa além do motorista). Tudo isso garante que o que realmente importa (o mundo particular do condutor) esteja muito agradável, a fim de evitar o contato com o mundo exterior, totalmente desprezível. Para este, há um mecanismo de comunicação denominado buzina.

Você, aprendiz de médio-classista, precisa aprender que, para ser da Classe, é necessário se revoltar com as atuais condições do trânsito. Assim, no seu papel de cidadão politizado e pagador de impostos, deve exigir das autoridades que abram espaço na cidade para mais carros. Que desapropriem, botem a cidade abaixo, mas garantam a duplicação das vias até resolver o problema (o que provavelmente será quando a cidade for um grande plano de asfalto). Fique revoltado também pelo fato de o Governo se preocupar mais em, violentamente, coibir seu direito sagrado de ingerir álcool, do que abrir mais acessos pro seu carro trafegar mais rápido.

Também é preciso aprender a se comportar neste ambiente. Se você quiser se parecer realmente com alguém da Classe, ande sempre na frente dos outros. Se alguém sinalizar que quer mudar de faixa e ficar à sua frente, mesmo que você esteja um pouco longe, acelere loucamente para passar à frente dele antes que ele realize a manobra. Logo, sabendo que todos agirão assim, dispense o uso da seta (pode até pedir o mecânico para desativar a sua). Você não tem que dar satisfações sobre pra que lado vai virar ou se quer ou não mudar de faixa.

Portanto, aspirante, o primeiríssimo passo para entrar na Classe é abandonar o transporte coletivo, o metrô e até mesmo a bicicleta (esta somente pode ser usada para lazer, e mesmo assim, deve ser transportada de carro até o local do uso). No transporte coletivo você está num espaço público, sujeito a ficar perto de pobres e nada ali é "só seu". É muito melhor que você trafegue dentro de sua bolha de vidro e metal, "privatizando" (aprenda a adorar esta palavra) cerca de 10m² do espaço público, com uma máquina de 1000kg que queimará petróleo para transportar uma pessoa de 70kg, a fim de garantir seu merecido bem-estar até seu destino. Você tem direito, você é da Classe Média.

Via: Classe Média Way of Life

terça-feira, 27 de setembro de 2011

Cotidiano

sábado, 24 de setembro de 2011

Patch Adams, o Médico e o Subversivo



Em 2007, no programa Roda Viva da TV Cultura, o excêntrico médico vai além do carisma de palhaço mostrado no filme onde é interpretado por Robin Willians e revela-nos também seu lado subversivo. Verdades inconvenientes que você nunca ouviu na TV.

domingo, 18 de setembro de 2011

{Palíndromos}


Roma tibi subito motibus ibit amor...*

Quem tem Roma vai a boca,
Quem tem boca vaia moça,
Que roubou meu coração
Temperou, deixou queimar
Na boca de um fogão

...Amor aviva, em Roma...** 

Quem tem boca canta cânticos
Românticos de Roma:
Da romã não há quem coma,
Sem sentir o seu sabor,
Quem não vai a Roma
 Buscar o seu amor?

...Roma é amor...**

Quem tem boca vai a Roma,
Anda um bocado, se apaixona
Beija boca, vai a lona
E a louca o abandona;
Quem ama vai a Roma.

Ahh, esses românticos... 
 Diego Ruas
* palíndromo em latim. Tradução: "Em Roma o amor lhe virá de repente."
** verso palindrômico.

sexta-feira, 26 de agosto de 2011

Tim Burton's Frankenweenie - 1984



Victor Frankenstein (interpretado por Barret Oliver) é um garoto que cria filmes estrelado por seu amado cão, Sparky (um Bull Terrier). Depois que Sparky é atropelado por um carro, Victor aprende sobre o efeito dos impulsos elétricos nos músculos, durante uma aula de ciências na escola, e tem a desesperada idéia de trazer seu animal de estimação de volta à vida. Para a felicidade incalculável de Victor e terror geral dos vizinhos, sua idéia dá certo.

Com uma fotografia em preto-e-branco e cheio de referências ao Frankenstein original, esse ótimo e emocionante curta é uma interessante premissa do que viria a ser as características marcantes da direção do Tim Burton, que podem ser facilmente percebidas em "Ed Wood" e "Edward Mãos de Tesoura".

Tim Burton foi demitido da Disney por gastar o dinheiro da companhia nesse filme considerado "muito assustador para a família". Isso não impediu Disney de lançá-lo, embora censurado, em VHS depois de Burton ficar famoso. Ironia da vida ou não, já foi confirmado para o 2º semestre de 2012 uma adaptação do curta em um longa metragem de animação, dessa vez sem censuras, novamente lançado pela Disney.

quarta-feira, 17 de agosto de 2011

Todas as Cartas de Amor são Ridículas

Todas as cartas de amor são ridículas.
Não seriam cartas de amor se não fossem
Ridículas.


Também escrevi em meu tempo cartas de amor,
Como as outras, 

Ridículas.

As cartas de amor, se há amor,
Têm de ser ridículas. 


Mas, afinal,
Só as criaturas que nunca escreveram
Cartas de amor
É que são ridículas. 


Quem me dera no tempo em que escrevia
Sem dar por isso
Cartas de amor
Ridículas. 


A verdade é que hoje
As minhas memórias
Dessas cartas de amor
É que são ridículas. 


(Todas as palavras esdrúxulas,
Como os sentimentos esdrúxulos,
São naturalmente ridículas.) 

Álvaro de Campos, pseudônimo de Fernando Pessoa.

segunda-feira, 8 de agosto de 2011

O Veneno Está na Mesa


O Brasil é o país do mundo que mais consome agrotóxicos: 5,2 litros/ano por habitante. Muitos desses herbicidas, fungicidas e pesticidas que consumimos estão proibidos em quase todo mundo pelo risco que representam à saúde pública.

O perigo é tanto para os trabalhadores, que manipulam os venenos, quanto para os cidadãos, que consumem os produtos agrícolas. Só quem lucra são as transnacionais que fabricam os agrotóxicos. A idéia do filme é mostrar à população como estamos nos alimentando mal e perigosamente, por conta de um modelo agrário perverso, baseado no agronegócio.

Um documentário do consagrado cineasta, Silvio Tendler.

sábado, 16 de julho de 2011

Conheça Antônio, o estagiário

quarta-feira, 13 de julho de 2011

Uma Nobreza, que de Nobre Nada tem...

Por nobre, entendiam os antigos um herói, isto é, um homem distinto dos mais homens, e distinto por si, e não por outros; pelas suas próprias ações, e não pelas ações alheias. O heroísmo, e a nobreza, eram qualidades pessoais, e não hereditárias.
 
Estes e muitos outros pretendiam não menos nobre origem que a celeste, como descendentes dos deuses imortais; esta fábula não durou um dia só e admira-se que ela tivesse autoridade no conceito de homens polidos, sábios e prudentes, e, com tanta força que chegassem a fazer das fábulas, religião. Aquela foi a nobreza dos antigos, nobreza que tinha por princípio um engano introduzido e respeitado.

Desta sorte vem a nobreza a ser um meio por onde o vício se autoriza, o crime se justifica e a vaidade se fortalece. Cuidam os nobres, que a nobreza lhes permite tudo, mas cuidam mal, porque o certo é que a nobreza bem entendida não se fez para canonizar o erro.

Os efeitos da nobreza são muitos; ela dá merecimento, valor, saber, a quem não o tem; ela serve para fazer venerado a quem o não deve ser; ela faz que o crime fique muitas vezes impune; que a desordem se encubra, e se disfarce; que a soberba, a arrogância e a altivez, fiquem parecendo naturais e justas.

A história é uma das provas, com que a vaidade alega, e de que mais se serve na autenticidade da nobreza: prova incerta, duvidosa, fingida, e também algumas vezes falsa: nela se vêem muitos sucessos famosos, ações, combates, vitórias; muitos nomes a quem essas mesmas ações enobreceram, ilustraram. Mas, de quantas ações fará menção a história, que jamais se viram? De quantos sucessos, que nunca foram? De quantos combates, que nunca se deram? De quantas vitórias, que nunca se alcançaram? E de quantos nomes que nunca houveram? Não é fácil, que pelas narrações da história se possa descobrir a verdade dos sucessos; ela comummente se escreve, depois de terem passados alguns ou muitos séculos, de que se segue, que a mesma antiguidade é uma nuvem escura, e impenetrável, donde a verdade se perde, e esconde. Se a história se escreveu ainda em vida dos heróis, o temor, a inveja, a lisonja bastam para corromper, diminuir, ou acrescentar os fatos sucedidos: por isso já se disse, que para ser bom historiador, é necessário não ser de nenhuma religião, de nenhum país, de nenhum partido, de nenhuma profissão e mais que tudo, de preferência não ser homem.

Só para o homem estava guardado o serem distintos uns dos outros, e o distinguirem-se, não pelo valor de cada um, mas pelo valor das coisas que os distingue. A nobreza foi a maior máquina, que a vaidade dos homens inventou; máquina admirável, porque sendo grande, toda se compõe de nada. As outras vaidades, parece que são menos vãs, porque sempre têm algum objeto visível, mas por isso mesmo a vaidade da nobreza é uma vaidade sem remédio; mal incurável, porque se não vê.

Ainda a nobreza dos antigos tinha mais corpo, porque os ilustres iam buscar os seus ascendentes nos seus deuses e desta sorte ficavam os homens meio humanos e não inteiramente. Só assim podiam ser distintos, e desiguais na realidade. As distinções permaneceram, enquanto duraram as suposições da origem. Conheceu o mundo a impostura, e logo os deuses se acabaram, deixando os seus descendentes, feitos homens como os outros, e, com a circunstância, que por haverem tido progenitores altos, ficaram sem nenhum. Depois daquela catástrofe fatal, parece que devia extinguir-se a vaidade da nobreza, mas não foi assim, porque aquela vaidade só mudou de espécie, e o engano, de figura; a mitologia converteu-se em genealogia, humanizou-se. A igualdade sempre foi para os homens uma coisa insuportável, por isso entraram a forjar novos artifícios com que se distinguissem, e ficassem desiguais; e não tendo já deuses donde tirassem o princípio da nobreza, entraram a tirá-la de outras muitas vaidades juntas, compuseram uma nobreza toda humana, então nasceu aquela tal nobreza, como parto do poder e da riqueza.

Deixemos finalmente o sangue em paz, todo o seu trabalho é para ser sangue, e não para ser este ou aquele sangue; de que serve a arte de introduzir naquele líquido admirável, qualidades arbitrárias e civis, se a verdade é que ele só tem as qualidades naturais? Para que fazer ao sangue, autor daquilo, de que só é autor a vaidade?

Retirado do livro de Matias Aires da Silva de Eça, "Reflexões sobre a vaidade dos homens".

domingo, 10 de julho de 2011

Móveis Coloniais de Acaju - Ao vivo no Auditório Ibirapuera


Móveis é uma banda que eu acompanho já faz um bom tempo e reconheço ser tarefa das mais difícieis descreve-la em poucas linhas. Uma verdadeira "feijoada búlgara", como se autodenomina a própria banda. Dando uma simplificada geral, uma mistura na dose certa de rock, ska, ritmos brasileiros e do leste europeu.

Sem negar sua origem independente e inovadora no cenário musical brasileiro, seu último álbum está disponível para download gratuito pelo site da gravadora Trama. Isso sem falar que também foi uma iniciativa da própria banda postar esse vídeo com o DVD completo no youtube. Sem dúvida, figura entre as mais importantes bandas independentes do Brasil, se não a mais.

terça-feira, 21 de junho de 2011

Tudo o que você não sabe sobre... o Eucalipto

Conhecido popularmente como uma espécie, o Eucalipto é na verdade um gênero (Eucalyptus) que inclui mais de 700 espécies da família botânica Myrtaceae, quase todas originárias da Austrália, existindo apenas um pequeno número de espécies próprias dos territórios vizinhos da Nova Guiné e Indonésia, e mais uma espécie (a mais setentrional) no sul das Filipinas. Adaptados a praticamente a todas as condições climáticas, os eucaliptos caracterizam a paisagem da Oceania de uma forma que não é comparável a qualquer outra espécie, noutro continente.

Quando cultivado em condições extremas, especialmente com largos períodos de déficit hídrico no solo, algumas espécies deste são extraordinariamente bem sucedidas na captação de água, reduzindo a dotação desta para outras plantas. Sabe-se, ainda, que outras espécies de eucalipto podem eliminar plantas competidoras por outros métodos.

Essa capacidade faz com que o eucalipto, nessas condições de clima, não seja uma boa opção em pendentes ou outras situações onde existe a possibilidade de erosão dos solos. Porém, a única coisa que essas habilidades indicam é que o eucalipto é uma planta com boa capacidade de superar condições extremas do meio. Além disso, trata-se de uma planta muito resistente a pragas e enfermidades, de rápido crescimento e altamente produtiva.


Muitos ambientalistas vêem o eucalipto como uma praga, inimiga dos biomas brasileiros. Exagero. A planta não é responsável pela forma como o homem a utiliza. Se há alguma praga aqui, somos nós. No passado era comum hectares de florestas nativas serem derrubados para a plantação de Eucalipto, mas usando a madeira de florestas plantadas em áreas anteriormente já devastadas (pela pecuária por exemplo), evita-se a exploração de florestas nativas. Não é certo ignorar que a madeira presente no dia-a-dia das pessoas sai de algum lugar, então que seja de florestas "artificias", devidamente manejadas.

A inalação de Eucalypto serve não só para curar a gripe e resfriados, mas também auxilia na desobstrução das vias respiratórias e atua como adjuvante no tratamento de asma e bronquite. Mascar suas folhas auxilia na melhora da inflamação da garganta, são feitos chá para gripe, rinite, dores musculares e até para aftas.


O eucalipto arco-íris (Eucalyptus deglupta) é o único representante da família dos eucaliptos encontrado naturalmente no hemisfério norte, em ilhas da Indonésia, Filipinas e Nova Guiné. Atualmente, essa árvore é amplamente cultivada ao redor do mundo onde é empregada principalmente na produção de papel. Entretanto, por causa de suas vistosas listras coloridas, o eucalipto também vem sendo utilizado para fins ornamentais.


A casca exterior cai anualmente em diferentes épocas, deixando aparecer o verde claro da parte interior, que vai escurecendo gradualmente resultando em tons de azul, roxo, laranja e marrom até amadurecer completamente.


Fonte de alguns dados: Wikipédia

segunda-feira, 13 de junho de 2011

Zero



Literalmente um zero à esquerda, o protagonista dessa fantástica animação, Zero, vive solitário e oprimido num mundo segregado por um sistema de classes numéricas, até encontrar um "zero fêmea" que o faz acreditar novamente que alguém sendo nada possa ser alguma coisa. 

Técnicamente impecável, possuindo um roteiro criativo com uma linguagem extremamente simbólica, fazendo com que as legendas sejam dispensáveis na maior parte do tempo, esse belíssimo curta de animação em stop-motion trata de temas tão delicados como preconceito, intolerância e bulling sem deixar de ser, de certa forma, inocente e poético. Vários momentos lembram o estilo sombrio à la Tim Burton e também o longa de animação "Mary & Max", só pra citar referências, sem questionar a originalidade do curta. Enfim, é ver para crer.

quinta-feira, 9 de junho de 2011

Weird Al Yankovic - Bob


A música é uma paródia de Weird Al Yankovic (músico e humorista famoso nos EUA por suas sátiras) ao estilo Bob Dylan, mais especificamente usando como base o clipe da música Subterranean Homesick Blues, na forma de palíndromos, frases que podem ser lidas da mesma forma de trás pra frente (pra exemplificar, as palavras "Roma" e "amor" também são).

Imagine o trabalho que dá compor uma letra com essa estrutura. Preste atenção nas placas que Yankovic segura no clipe, que você irá entender melhor o que eu estou falando. Incrível. Uma paródia que soa mais como uma homenagem a genialidade musical do mestre folk: Bob Dylan.

domingo, 5 de junho de 2011

Reflexões sobre o amor na sociedade moderna

Na sociedade de hoje, muitas pessoas não vivenciam amor suficiente em suas famílias, escolas ou no trabalho. O amor que não consegue encontar um meio de expressão saudável geralmente surge em diversas formas pervertidas. Os crimes sexuais são manifestações deturpadas de uma tendência natural a amar, que não consegue se expressar de maneira construtiva.

O mundo está extremamente carente de um sentido mais intenso de comunidade e de um entendimento mais maduro de felicidade. Em nossas próprias vidas, podemos imaginar que seríamos mais felizes em um ambiente diferente, somente para descobrir que cada circinstância tem suas próprias complicações. Não podemos ter relacionamentos profundos e significativos ao lidar meramente com o nível de nossas coberturas externas. Um foco materialista automaticamente nos desqualifica para experimentar um nível de amor profundo.

Embora quase a maioria de nós preferisse experimentar felicidade e eliminar a dor de nossos relacionamentos esta atitude está embasada em um desejo de satisfazer nosso egoísmo. O amor genuíno pode de fato trazer-nos grande felicidade, porém também pode causar um sofrimento extremo.

Se pudermos examinar nossas vidas, um pouquinho que seja, notaremos que nossa maior dor vem, quase que invariavelmente, de relacionamentos com aquelas pessoas que amamos. Ao mesmo tempo, nossa maior alegria também vem de relacionamentos com os outros.

Qual o preço de uma vida de medo e desconfiança? Você paga caro, em termos de amor próprio, compaixão e preocupação. Você fecha portas e janelas, bem fechadas, mantendo o mal longe, mas tampouco permite que algo bom entre. Embora você não deva ser ingênuo, tenha coragem para abrir-se às experiências de amor que essa vida nos permite.

Mesmo que possamos ocasionalmente ficar perturbados com a atitude de alguém, o amor verdadeiro permanece firme porque está fundamentado em algo muito mais profundo do que o mero sentimento. Quando o amor é sentimental, qualquer distúrbio pode transformar inesperadamente o objeto de nosso afeto em inimigo.

Não podemos amar profundamente alguém que não conhecemos, ainda que possamos ter bons sentimentos para com aquela pessoa. O máximo que podemos expressar, nesses casos, é um sentimento de vaga admiração.

Mais do que doces palavras, o amor só se torna real através das nossas ações.

terça-feira, 31 de maio de 2011

Filmes ridículos, cenas incríveis - [25]


Papacu: Um épico dos filmes nacionais de faroeste... MAS HEIN??? FAROESTE BRASILEIRO??

sábado, 28 de maio de 2011

O Crocodilo

O crocodilo que do Nilo
Ainda apavora a cristandade
Pode ser dócil como o filho
Que chora ao ver-se desamado.

Mas nunca como ele injusto
Que se ergue hediondo de manhã
E vai e espeta um grampo justo
No umbigo de sua própria mãe.

O crocodilo espreita a garça
Sim, mas por fome, e se restringe
Mas e o filho, que à pobre ave
Acompanha no Y do estilingue?

A lama pode ser um berço
Para um crocodiliano
No entanto o filho come o esterco
Apenas porque a mãe diz não.

Tem o crocodilo um amigo
Num pássaro que lhe palita
Os dentes e o alerta ao perigo:
Mas no filho, quem acredita?

O filho sai e esquece a mãe
E insulta o outro e o outro o insulta
É ver o simples caimão
Que nunca diz: filho da puta!

O crocodilo tem um sestro
De cio: guia-se pelo olfato
Mas o filho pratica o incesto
Absolutamente ipso-facto.

Chamam ao pequeno crocodilo
Paleosuchus palpebrosus
Porém o que me admira é o filho
Que vive em pálpebras de ócio.

O filho é um monstro. E uma vos digo
Ainda por píssico me tomem:
Nunca verei um crocodilo
Chorando lágrimas de homem.


Vinicius de Moraes

sexta-feira, 27 de maio de 2011

Caso de Emergência


Em caso de nada pra postar, favor publicar esta imagem no respectivo blog (Há!)

segunda-feira, 23 de maio de 2011

Vaidosa Superioridade - "Sabe com quem está falando?"

quinta-feira, 19 de maio de 2011

Cine em Cena: O Rei da Comédia (1983)

Apesar do título esse filme não é uma comédia comum. Nem das escraxadas, nem semelhante ao humor negro comum dos irmãos Coen. Alguns momentos levam sim a risos, mas só, nada demais. O grande erro que você pode cometer ao ver esse filme é se preparar para assistir uma comédia, e não apreciar a verdadeira reflexão que esta obra maravilhosa pode nos proporcionar. Com um humor negro bem peculiar, Scorcese constrói uma fabulosa sátira à cultura da fama e das celebridades norte-americanas.

O longa já inicia abordando o dilema que vive o famoso comediante Jerry Langford (interpretado por Jerry Lewis, inspirado por sua própria biografia): o terrível preço da fama, onde fãs mais fervorosos podem se tornar inimigos do sossego e da privacidade, e, em níveis mais delirantes, verdadeiras ameaças. Apesar de tudo isso, Jerry não é caricaturizado como vítima no filme, ele nos é apresentado como um personagem mais complexo e de certa forma incoerente, afinal o grande comediante é na verdade um poço de mau humor longe das câmeras e do grande público.

Rupert Pumpkin (Robert de Niro, em grande performance), um aspirante a comediante com uma auto-confiança tão grande que chega ser hilária. Apesar de ser um personagem complexo, poderia se encaixar no típico e caricato "chato sem noção". Sonhando se tornar o mais novo rei da comédia, ele faz de tudo pra ter uma chance no programa de TV do famoso Jerry, mas ele sequer tem o mínimo de experiência, a não ser para as "réplicas" de papelão do seu quarto. Esses ensaios alias nos rendem as sequências cinematográficas mais gêniais do filme, como a hora em que a câmera se afasta por trás enquanto Pumpkin apresenta seu número à platéia de papelão e ao fundo aquelas gargalhadas falsas dos programas de humor da TV, ou quando sua mãe o interrompe abruptamente durante uma entrevista fantasiosa com os papelões (é ai que descobrimos que o "rei da comédia" ainda mora com sua mãe).

Mas quem nunca ensaiou diálogos que nunca aconteceram, atire a primeira pedra. A diferença é que esses delírios parecem ser literalmente cotidianos para o personagem de De Niro o que provoca vários daqueles momentos tipicamente incovenientes com o astro Jerry, o qual ele acredita realmente ser um grande amigo seu. Flutuando entre a realidade-fantasia, suas loucuras parecem ficar piores com o desenvolver da trama (o que nos causa muitas vezes um sentimento de vergonha alheia pelo personagem) culminando num plano absurdo, saído das mentes doentias de Pumpkin e Marsha (Sandra Bernhard, na pele de uma irritante fã desequilibrada, rica e apaixonada por Jerry).

Digno de nota que Pumpkin se acha dono de um incrível talento para a comédia, mas só nos apresenta de fato seu "fantástico" número lá pelo final do filme, o que com certeza foi genialmente pensado por Scorsese, cultivando em nós espectadores uma curiosidade cada vez maior sobre a veracidade do talento de Pumpkin

O final fecha com maestria o tema abordado e deixa uma ácida crítica no ar, tanto à sociedade e à mídia, quanto a própria cultura americana. Assinado por uma das grandes parcerias ator-diretor da história do cinema (Scorsese e De Niro), apesar de ter sido um fracasso nas bilheterias, na minha modesta opinião é um dos melhores da dupla, apesar de ser extremamente complicado dizer isso de um diretor com tantos filmes excelentes no currículo.

terça-feira, 17 de maio de 2011

...

quinta-feira, 12 de maio de 2011

Comprar, descartar, comprar...


Porque será que, apesar dos avanços tecnológicos, os produtos de consumo tendem a durar cada vez menos?

Filmado na Catalunha, França, Alemanha, EUA e Gana, o documentário "Comprar, descartar, comprar" faz uma viagem através da história de uma prática empresarial que consiste na redução deliberada da vida útil de um produto para incrementar o seu consumo pois, como foi publicado em 1928 numa revista de publicidade dos EUA, "um produto que não se gasta é uma tragédia para os negócios".

A obsolescência programada vai além da vida útil cada vez mais temporária dos produtos. Concertar, muitas vezes, se não o mesmo preço é até mais caro que comprar um produto novo. A publicidade seduz as pessoas a comprarem coisas novas e jogarem fora as “ultrapassadas” mesmo quando essas ainda estão boas e úteis. Para isso, mudam um pequeno detalhe num carro, numa camisa de time ou num celular, e os vendem como se fossem grandes novidades, como se estas trocas fossem realmente necessárias. Até quando?

P.S.: O documentário está em espanhol, infelizmente não achei nenhum com legendas, mas dá pra ter - no mínimo - uma noção do que é falado, justamente pela semelhança das línguas espanhola e portuguesa.

quarta-feira, 4 de maio de 2011

Che: Quem é o mito, quem é o homem?


O rosto de Che estampa camisetas e os mais diversos produtos pelo mundo todo, se fosse uma marca registrada com certeza estaria entre as que mais lucram no planeta. Che virou um cliChê, um mito capitalista, mera estampa de produtos anti-capitalistas (incoerência não?). Muitas pessoas superestimam, endeusam e cultuam sua imagem quase religiosamente, pois talvez não conheçam também seu lado mais sombrio.

Mais provável que sua imagem tenha se tornado maior que sua persona, ou seja, talvez não seja ele o cultuado, somente se apropriaram de sua imagem para tal, como um símbolo de revolta e um sinônimo de revolução, e, sendo assim não necessariamente essas mesmas pessoas apoiem Che e suas idéias. O mito se tornou maior que o homem.

Afinal, o que você acha que ela representa: a luta pela mudança ou o luto pelo guerrilheiro?

quinta-feira, 28 de abril de 2011

Amantes

Amar é ter na mente,
Amar eternamente.

Amar, éter na mente.

Diego Ruas

domingo, 24 de abril de 2011

Filmes ridículos, cenas incríveis - [24]



O Hulk é indiano, mas os efeitos especiais são chineses, certeza!

sexta-feira, 22 de abril de 2011

Encruzilhada das certezas

quarta-feira, 20 de abril de 2011

Lucas Santtana - Cira, Regina e Nana


Lucas Santtana é daquele tipo de artista difícil de se classificar. Ao mesmo tempo que seus discos e suas composições tem uma ligação com a tradição da MPB, elas absorvem influências que vão do Rock ao Ska, passando pelo Afrobeat, Funk, e o uso de samplers eletrônicos.

Bem perceptível também é a influência do som de Tom Zé na musicalidade de Lucas, talvez pelo fato de ele ser sobrinho de Tom, ou talvez por outros motivos, mas que há influência é fato.

domingo, 17 de abril de 2011

O Código Florestal, os ruralistas e a realidade fora da TV

Não quero fazer aqui frente de oposição gratuita. Prefiro antes ouvir os dois lados nos diversos assuntos da vida, isso inclui a questão das alterações propostas no Código Florestal brasileiro. Mas fatos são fatos. Assim como eu, os cientistas, especialistas (como engenheiros florestais e agrônomos), e ambientalistas em geral têm seus argumentos - concretos - contra a mudança.

Segundo eles, há no país cerca de 60 milhões de hectares de terra degradados, que, se recuperados, podem ser utilizados para a produção agrícola, a partir de práticas condizentes com a agricultura sustentável. Além disso, os cientistas acreditam que as atividades pecuárias do Brasil podem ser expandidas a partir do aumento da quantidade de cabeças de gado por hectare de terra. Os especialistas ainda defendem a aplicação do Código Florestal em áreas urbanas, alegando que a ocupação em encostas e áreas de várzea é a principal responsável pelos desastres ambientais que atingiram, recentemente, diversas regiões brasileiras, sobretudo no Rio de Janeiro.

Acredito que o Código necessita de uma revisão e aperfeiçoamento, mas não dessa maneira, elaborada por políticos que sequer se dispõem a ouvir quem tem algum conhecimento técnico da área, colocando em jogo somente questões politicas e pessoais, que visam na maioria das vezes benefícios próprios. E no caso dos deputados e senadores ruralistas isso significa uma coisa: visam mais lucro. Claro que lucros imediatos, pois a longo prazo estão semeando o próprio infortúnio. A luz de sua ignorância, não vêem que as APPs (Áreas de Preservação Permanente) e Reservas Legais devem ser mantidas inclusive para garantir a prosperidade das atividades do setor agrícola. Não enxergam mais longe que a produtividade do ano seguinte.

Estive presente no manifesto contra a mudança do código florestal no dia 7 de abril de 2011, em Brasília, o qual sequer foi divulgado pela grande mídia, a não ser por alguns raros e pequenos canais e jornais. Diferente do ocorrido com o gigantesco "projeto de manifestação" dos ruralistas com cerca de 12000 pessoas realizado dias antes, onde prováveis 90% nem sabia o que estava fazendo lá, pois representavam só em volume os latifundiários. Não me admira que tenham sido pagas quantias mequetrefes - além das passagens de ônibus e alimentação - a essas pessoas só para fazer um alvoroço em frente ao congresso, e assim, passar à sociedade, através da mídia, uma imagem falsa do posicionamento da maioria dos agricultores sobre a mudança. Um absurdo, levando em conta que os movimentos que representam (e nesse caso falo de uma representação genuína) os agricultores familiares e camponeses são contra as alterações propostas, reconhecidamente fornecedores da maior parte dos alimentos que vão para as mesas dos brasileiros, visto que grande parte da produção das monoculturas latifundiárias é voltada à exportação.

As últimas notícias infelizmente vem confirmando que a mobilização da sociedade é pequena frente a grande união - e investimentos milionários? - dos ruralistas pela mudança do Código Florestal brasileiro. O máximo que as pessoas parecem estar dispostas a fazer é colocar uma hashtag nos "trending topics" do Twitter em solidariedade a essa luta contra a mudança. Revoluções mesmo, nesses tempos, parecem só ocorrer no Oriente Médio. Deus tenha piedade de nós, pelas futuras desgraças que podem ocorrer devido a essa atitude cega dos nossos políticos escolhidos pelo voto popular. Indiretamente é o desejo do povo, então que assism seja o retrocesso.

quinta-feira, 14 de abril de 2011

As mudanças inviáveis no Código Florestal brasileiro

domingo, 10 de abril de 2011

Quem sabe amanhã...


sexta-feira, 8 de abril de 2011

A Indústria do Antissemitismo



Assim como Norman Finkelstein, um professor estadunidense (e judeu) escreveu um livro no qual expõe como funciona o que ele chama de “A indústria do holocausto”, Yoav Shamir, um cineasta israelense (e judeu), realizou o filme/documentário Defamation (Difamação) que revela o que poderíamos chamar de “A indústria do antissemitismo”.

Trata-se de um filme imprescindível para entender os interesses que movimentam essa “indústria”. A verdade, como podemos despreender deste documentário, é que o antissemitismo passou a ser a fonte de riqueza e poder para muitos elementos oriundos da cúpula das comunidades judaicas estadunidenses que, aliados aos interesses da extrema direita israelense, não desejam seu fim, nem seu abrandamento. Muito pelo contrário, para desfrutar de seus privilégios (e para justificar suas políticas anti-palestinas, no caso de Israel), esses grupos procuram fazer de tudo para que o antissemitismo nunca deixe de estar em pauta.

Se não houver mais o perigo real (como o documentário nos dá a entender que é o que ocorre na prática), é preciso recriá-lo através de todos os mecanismos emocionais possíveis.

O documentário também deixa claro que há muitos judeus, religiosos ou não, que não concordam com a manipulação do sofrimento de seus antepassados para o benefício espúrio de grupos de poder da atualidade.

Texto: Jair de Souza / Fonte: DocVerdade

quinta-feira, 7 de abril de 2011

Enquanto isso, em Nárnia...

domingo, 3 de abril de 2011

Lenine - Acústico MTV


De vez em quando agente descobre umas raridades na net, dessa vez achei o DVD completo Lenine - Acústico MTV pra assistir online. Vários sucessos do Lenine estão nesse DVD de 2006 como Paciência, Jack Soul Brasileiro, O Silêncio das Estrelas, Dois Olhos Negros, etc.

Osvaldo Lenine Macedo Pimentel nasceu em Recife, capital pernambucana. Ouviu rock até os 17 anos, quando teve acesso ao “Clube da Esquina”, de Milton Nascimento, e a um show de Gilberto Gil. Aqueles que escutam as músicas de Lenine hoje não imaginam que a primeira influência musical do cantor foi o rock, bem diferente da MPB misturada com o regionalismo que formam a essência de seu som.

A carreira de Lenine é uma das mais atípicas da música popular brasileira. Contratado de uma multinacional, a BMG, ele ostenta pose de independente: “A gravadora nunca se intrometeu no meu trabalho”, garante. Circula livremente pelas mais diversas matizes da MPB sem integrar nenhuma facção: tanto gravou com o rapper Gabriel O Pensador, quanto com Edu Lobo (inimigo confesso do rap).

P.S.: Se sua Internet não for muito rápida, deixe carregar um pouco antes de dar o "play", pra não ficar travando enquanto você escuta. Dica de quem odeia essas "paradinhas" bruscas.

quinta-feira, 31 de março de 2011

O Profeta Gentileza

Seguramente muitos do Rio se lembram daquela figura singular de cabelos longos, barbas brancas, vestindo uma bata alvíssima com apliques cheios de mensagens, com um estandarte na mão com muitos dizeres em vermelho, que a partir dos inícios de 1970 até a sua morte em 1996 percorria toda a cidade, viajava nas barcas Rio-Niterói, entrava nos trens e ônibus para fazer a sua pregação. A partir de 1980 encheu as 55 pilastras do viaduto do Caju, perto da rodoviária, com inscrições em verde-amarelo propondo sua crítica do mundo e sua alternativa ao mal-estar de nossa civilização. Não era louco como parecia, mas um profeta da têmpera dos profetas bíblicos como Amós ou Oséias.

Como todo profeta, sentiu também ele um chamamento divino que veio através de um acontecimento de grande densidade trágica:o incêndio do circo norte-americano em Niterói no dia 17 de dezembro de 1961 no qual foram calcinadas cerca de 400 pessoas. Era um empresário de transporte de cargas em Guadalupe e sentiu-se chamado para ser o consolador das famílias destas vítimas. Deixou tudo para trás e tomou um de seus caminhões e colocou sobre ele duas pipas de cem litros de vinho e lá junto às barcas em Niterói distribuía-o em pequenos copos de plástico dizendo:” quem quiser tomar vinho não precisa pagar nada, é só pedir por gentileza, é só dizer agradecido”.

De José da Trino, esse era seu nome, começou a se chamar José Agradecido ou Profeta Gentileza. Interpretou a queima do circo como um metáfora da queima do mundo assim como está organizado como um circo pelo “capeta-capital…que vende tudo, destrói tudo, destruindo a própria humanidade”. Segundo ele, devemos construir outro mundo a partir da Gentileza, o que ele fez em miniatura, transformando o local num belíssimo jardim, chamado “Paraiso Gentileza”. O quarto aplique de sua bata dizia:”Gentileza é o remédio de todos os males, amor e liberdade”. E fundamentava assim:”Deus-Pai é Gentileza que gera o Filho por Gentileza…Por isso, Gentileza gera Gentileza”. Ensinava com insistência: em lugar de “muito obrigado” devemos dizer “agradecido” e ao invés de “por favor” devemos usar “por gentileza” porque ninguém é obrigado a nada e devemos ser gentis uns para com os outros e relacionarmo-nos por amor e não por favor. Não é exatamente isso que o Rio de Janeiro está precisando?

A crítica da modernidade não é monopólio dos mestres do pensamento acadêmico como Freud com seu "O mal estar da civilização" ou a "Escola de Frankfurt", Horkheimer com seu "O eclipse da razão", Habermas com o seu "Conhecimento e interesse" ou mesmo toda a produção filosófica do Heidegger tardio. O Profeta Gentileza, representante do pensamento popular e cordial, chegou à mesma conclusão que aqueles mestres. Mas foi mais certeiro que eles ao propor a alternativa: a Gentileza como irradiação do cuidado e da ternura essencial. Esse paradigma tem mais chance de nos humanizar do que aquele que ardeu no circo de Niterói: o espírito de gentileza, o saber como poder e o poder como dominação sobre os outros e a natureza.

Texto de Leonardo Boff.

segunda-feira, 28 de março de 2011

3 Minutos



Um curta-metragem com direito a um início bem confuso, muita ação, sabres de luz e um final ao mesmo tempo épico e revelador. Tudo isso em exatos 3 minutos é claro. Simplesmente genial.

quinta-feira, 24 de março de 2011

O Falso Altruísmo

O altruísmo verdadeiro existe? Esse é um dos grandes debates da biologia contemporânea. O gesto desinteressado do verdadeiro altruísmo parece ser uma impossibilidade evolutiva. Um comportamento só pode ser qualificado de altruísta se ele traz benefícios para os outros e custos para quem o pratica, o que é diferente de generosidade e solidariedade, por exemplo. Ou seja, o altruísta está diminuindo sua aptidão para favorecer a dos outros. Suas chances de sobreviver e de reproduzir são menores, enquanto todos os demais – inclusive os egoístas – levam vantagem. Isso pode ter a ver com o fato de que, quando os grupos competem entre si, aqueles com mais indivíduos altruístas são mais bem sucedidos, porque há uma maior cooperação. Porém, individualmente a longo prazo, o altruísta deveria ser levado à extinção, deixando o campinho livre para que o egoísmo cresça como erva daninha.

A ciência nunca responderá a essa questão de forma definitiva. Porque ela não tem as ferramentas para decompor as motivações humanas e chegar a uma resolução final. Talvez para os cientistas mais extremistas e um tanto fundamentalistas, como Richard Dawkins em sua quase bíblia para ateus "Deus um delírio" ou em seu outro livro "O Gene egoísta" (onde prega que o altruísmo verdadeiro não existe), tudo isso seja mero fruto de fenômenos químicos e físicos, motivados por uma necessidade egoísta de recompensas neurológicas, psicológicas e sociais, mas essa é uma forma extremamente deselegante e triste de se ver a vida da qual eu não compartilho. Os céticos dizem: “Arranhe um altruísta e verá um egoísta sangrar”, mas as causas do comportamento humano são tão complexas e variadas que reduzir um comportamento complexo como o altruísmo a uma molécula ou gene ou área do cérebro é inviável. Poderia citar aqui muitos exemplos de altruísmo que eu, na minha modesta opinião, considero verdadeiro. Por que alguém sacrificaria a própria vida pelos outros enquanto outros nunca sonhariam fazê-lo? Tal comportamento existe ou não? Essa definitivamente não é a melhor pergunta, mas sim quando esse comportamento altruísta é verdadeiro e quando ele é falso, do tipo "uma mão lava a outra".

Alguma motivação egoísta geralmente está envolvida em nossa ajuda aos outros. Isto não é de todo mau. Ao ajudarmos crianças em uma creche ou alimentarmos os que têm fome, estamos agindo de maneira construtiva. Não há, inerentemente, nada de errado com o nosso desejo de sermos elogiados. Na verdade não tenho certeza se é realmente importante entender as motivações ou causas por trás dos atos altruísticos das pessoas, no final o que importa é o resultado dessas ações: ajudar os outros.

O problema, porém, é que não podemos contar sempre com os resultados que desejamos. Às vezes, podemos não receber o crédito que achamos que merecemos, ou nossas ações podem perturbar alguém que esteja lucrando com o sofrimento do próximo. Se baseamos a nossa boa vontade em ajudar as pessoas nas expectavivas de elogio e de reconhecimento, podemos abandonar nossos esforços assim que paramos de receber agradecimentos ou quando começamos a ser perseguidos por isso.

Se ajudo uma senhora a atravessar a rua mas ela sabe que só a estou ajudando porque quero que ela me inclua em seu testamento, ela corretamente não me verá como um altruísta, mesmo que eu seja atropelado por um caminhão e morra ao tentar ajudá-la. Quando alguém encontra um mendigo na rua, pode decidir dar dinheiro a ele para diminuir o próprio sentimento de estresse. Essa forma de doação não é, portanto, altruísmo puro, mas, na verdade, uma forma de egoísmo. O mesmo vale para um filantropo que faz caridade para ganhar reputação como caridoso.

Podemos nos testar fazendo um favor anonimamente para alguém por quem realmente tenhamos apreço. Geralmente quando oferecemos um presente, nos identificamos e assim sugerimos, mesmo que inconscientemente, que esperamos algum reconhecimento por nossa generosidade. Obviamente, isto não é um comportamento abnegado e incondicional, porque está baseado na glorificação pessoal. Ao mesmo tempo, se as pessoas forem estimuladas a se sentir desconfortáveis por não agir de forma altruísta, isso pode levá-las a mudar, olhar para os lados e ajudar os outros. Somente podemos passar no teste do serviço espontâneo, desinteressado, quando ajudamos alguém sem esperar elogios em troca, simplesmente felizes sabendo que fizemos a coisa certa.

quarta-feira, 23 de março de 2011

Filmes ridículos, cenas incríveis - [23]


...huaHUuhAHUuhauhuHAUHuhahuhaUHah...
...Olha aí o Pelé provando que não é fanho poeta só quando tá calado...

quarta-feira, 16 de março de 2011

A História da Água Engarrafada



Em muitos lugares no Brasil e no mundo, a água da torneira é mais saudável e "gostosa" que essas engarrafadas. Sempre achei, de certa forma, um absurdo ter de comprar (às vezes com preços mais absurdos ainda) algo que possuímos por direito ao pagar impostos e também a própria conta de água. Alias, até mesmo os que não pagam essas tarifas, muitas vezes abusivas, deveriam ter esse direito garantido. É um direito de todos o acesso a água potável.

Infelizmente, também em muitos lugares pelo Brasil e no mundo as pessoas sequer têm acesso a água tratada da torneira, sejamos então gratos e bebamos dela com mais frequência. Viva a água boa e de"graça".

segunda-feira, 14 de março de 2011

Soneto ao poeta

Para o poeta, todo dia é inspiração
Massa pro fermento
Poesia do momento
Luz, papel, ação

Aquele que faz da melancolia
O grito de cada dia
Das palavras seu conforto
Nas rimas, navega absorto

Deveras a dor sente
Por amar eternamente
Ao decifrar a sua gente

Disfarça a bohemia
Na razão de seus poemas
Na raiz de seus problemas.

Diego Ruas
P.S.: Uma homenagem à todos os poetas no Dia Nacional da Poesia (14/03/2011).

O Incrível Super Pastor Hadouken


LoLOLOoLL... Cerá qe essi pastô é personagi cecreto no Estriti Faiti ou no Mortau Combati? ¬¬
...alguém dê um fatality na licença de pastor desse cara por favor?...

domingo, 13 de março de 2011

O Universo Paralelo das Rinhas de Galo

sábado, 5 de março de 2011

Eis a questão

Paro em frente ao espelho
Vejo meu reflexo, faço minha reflexão
Afinal, o que é o perdão,
Pois de tão bom, só pode ser dom?
(Eis a questão)

Como dizia o velho poeta ao luar:
As pessoas só amam o perdão
Até ter alguém pra perdoar

Quem disse que seria fácil?
E se fosse, qual seria a graça
Uma vez que só assim o amor se faça
Quando não em sua forma árdil

Quem sabe assim não mude a minha sorte
E veja eu, que não dependo do azar
Mas de tudo que fizer antes que me venha a morte
Plantar, colher e a vida gozar.

Diego Ruas

Clássicos: Djavan - Flor de Lis



Sendo um dos mestres da MPB, Djavan tem uma forma muito peculiar de fazer música, primeiro uma elaboração melódica e só depois de pronta a melodia, ele faz a letra, com a ajuda de um dicionário de rimas (uso confirmado pelo próprio músico em uma entrevista à Veja), o que não diminui o mérito de suas composições, afinal mesmo se eu usar um dicionário pra elaborar um texto qualquer, as palavras não vão se organizar em frases sem o trabalho do autor.

Mas será que é isso que explica o porque de muitas pessoas considerarem algumas de suas músicas meio sem sentido ou no mínimo de lógica complexa? (Que fique bem claro aqui que não são todas as músicas dele que seguem esse "estilo")

Kadhafi: As últimas braçadas de um afogado?


Kadhafi seu tempo acabou, não vê que se afunda ainda mais nesse derramamento de sangue?
Dias atrás declarou: "Lutarei até a última gota de meu sangue", então que seja do seu sangue!

terça-feira, 1 de março de 2011

A Classe Média e a Pena de Morte







Como representante da gente de bem deste País, o membro da Classe Média é contra a violência e pode provar isso, com muitas fotos em que veste branco nas “passeatas pela paz”. Mas quando se traz à baila o assunto “pena de morte”, normalmente se encontra na Classe dois tipos de posicionamento: os simpatizantes e os defensores.

Por ser um assunto polêmico, se você abordar um médio-classista, assim de repente, perguntando a opinião sobre o assunto, não vai ouvir dele, logo de cara, a aprovação a tal recurso penal. Sabendo que este é um tema delicado, ele ficará cheio de dedos e se mostrará inconclusivo, buscando argumentos para justificar a pena de morte, mas sem mostrar que partido toma. Para o aspirante à Classe Média, esta é uma grande oportunidade para ser aceito no grupo. Tudo o que o médio-classista interpelado precisa para sair da defensiva é de um impulso: diga logo a ele que você é a favor, sim, da pena de morte. O médio-classista vai te considerar imediatamente um de seus pares e, morrendo de vontade que estava, vai soltar a língua. Esteja preparado.

A primeira característica da pena de morte que promove a empatia do médio-classista é a sua existência e aplicação nos Estados Unidos, supra-sumo mundial entre os países e modelo número um de sociedade e de comportamento. Sendo lá um lugar onde tudo funciona, é justo imaginar que a aplicação da pena de morte seja um elemento disciplinador responsável pela ótima organização daquele país, cujo sistema judiciário é tido em alta estima pelo médio-classista. Algo como um sistema à prova de falhas e que nunca erra.

A grande justifica para ser a favor, entretanto, é o fato de que, para a Classe Média, atentar contra o patrimônio alheio é o pior crime que existe, e criminoso bom é criminoso morto. Mas não se engane com o aparente simplismo deste argumento. Todo médio-classista é adepto e admirador do “planejamento”, o que faz da pena de morte uma ferramenta não apenas para os bandidos comprovados, mas também para os criminosos em potencial.

É isso mesmo: para a Classe Média, a solução para este país é uma limpeza geral, eliminando mendigos, prostitutas, sem-terra, miseráveis, favelados, pessoas feias e desempregados. Ainda não se sabe quem ficaria responsável por lavar o carro e as panelas da Classe, mas pelo menos se evitaria problemas de grande repercussão, porque os filhos adolescentes não teriam a quem queimar ou espancar nos pontos de ônibus madrugadas adentro.

Portanto, se você quer mesmo ser da Classe Média, a pena de morte tem que parecer a você como uma boa idéia, mesmo você sabendo que ela nunca será implantada aqui, porque neste país nada funciona mesmo.

Texto do Pierre, no irônico e polêmico Classe Média Way of Life

P.S.: Espero ansiosamente seus xingamentos nos comentários...

domingo, 27 de fevereiro de 2011

Evoluídos?

...Um dia quem sabe, mas por enquanto ainda temos muito a evoluir...

sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

Elysia chlorotica, o híbrido molusco-planta

A Elysia chlorotica é uma pequena lesma marinha que normalmente cresce até os 3 cm de comprimento, vive na costa atlântica da América do Norte e consegue uma proeza até hoje desconhecida na natureza entre os seres do Reino Animal: após ingerir uma alga adquire a capacidade de fotossintetizar, característica das plantas e das algas.

A lesma marinha de cor verde e gelatinosa parece uma folha de árvore e conquista a capacidade de fotossintezar, que se mantém durante aproximadamente 9 meses, com genes provenientes da alga que come: a Vaucheria litorea.

O pequeno molusco obtém os cloroplastos, organitos celulares de cor verde ricos em clorofila que permitem às células das plantas converter a luz solar em energia, e armazena-os nas células ao longo do seu intestino.

Essa fantástica habilidade não é tão simples de se entender como parece, pois teoricamente os cloroplastos deveriam ser digeridos assim como normalmente ocorre com os integrantes do Reino Animal, incluindo nós humanos, pois afinal quando comemos alface não ficamos verdes.


Os cloroplastos são incorporados nas células do molusco e mantêm-se funcionais, fazem fotossíntese, produzem oxigénio, fixam dióxido de carbono, etc. Para isso acontecer, a alga tem de passar determinados genes para o animal, e essa passagem é feita através de um vírus (isto foi comprovado há pouco tempo).

Quando esse vírus passa genes capazes de possibilitar a permanên­cia dos cloroplastos nas células do animal, significa que este molusco já é uma estrutura diferente daquela que era quando nasceu, surge aí uma "fusão" entre animal e planta, grosseiramente falando.

Só ficou uma dúvida, o predador desse molusco seria carnívoro ou herbívoro? Durma com isso!

terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

"I Gotta Feeling", do Black Eyed Peas, versão Caipira


huaHUuhAuhUHAhaha... meio bizarro, mas genial, principalmente a parte instrumental!
Alguns covers no mundo da música superam o original, seria o caso desse cover à la Texas?

domingo, 20 de fevereiro de 2011

Contos do Sr. Quadrado - O Mangue Negro

Depois de muitas andanças, o Sr. Quadrado agora se deparava com uma paisagem inóspita e assustadora: era quase de noite e ele deveria atravessar o mangue o mais rápido possível para encontrar abrigo e, quem sabe, gente. Naquela tarde, já rio a dentro em sua balsa primitiva feita a duras penas durante a manhã, via o dia ir embora com o Sol ao horizonte. Longe da civilização, o dia realmente acaba quando a noite começa. Não havia como voltar contra a corrente e nem prosseguir com a balsa, uma vez que a mangue e o rio iam se tornando um só. Seguia então apenas com sua mochila e com o que Deus lhe deu.

A água parecia intransitável, ainda mesmo que batesse um pouco a baixo do peito, era perigoso demais. Devido ao aspecto barrento, era quase impossível prever alguma surpresa indesejável guardada naquelas águas. Foi então escalando pelas raízes e galhos das árvores do mangueizal com uma delicadeza incomum de sua pessoa, todo cuidado do mundo para não quebrar aquelas frágeis estruturas da natureza e acabar caindo naquele poço de águas desconhecidas. O tempo ia passando como sempre, mas aqueles momentos de tensão pareciam nunca terminar. Não era possível ver muito a sua frente, com aquele emaranhado de raízes e galhos.

A escuridão da noite ia invadindo o mangue mais do que própria luz penetrava naquele lugar durante o dia. O medo já assumia uma posição considerável na cabeça do Sr.Quadrado. Como passar a noite em claro, avançando diante de uma escuridão total? Deveria montar acampamento, mas onde, se tudo era água?

Não foi preciso muito tempo pra responder essas perguntas. Poucos metros a frente surgia chão, terra firme. Fez uma pilha de galhos quebrados e acendeu uma fogueira com sua tocha já quase consumida. Montou sua humilde barraca e em poucos minutos desmaiou de sono. O mangue negro havia sugado todas as suas energias.

Ao abrir os olhos naquela manhã fresca de setembro, à primeira vista enxergou um vulto saindo de sua barraca. Mas o que, ou quem seria aquilo?

Continua...

quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

Maurício Caruso - Reflexos (Instrumental)


As influências musicais de Maurício vão desde Pat Metheny, Toninho Horta e Hermeto Pascoal; a Tom Morello, Jimmy Hendrix e The Edge (U2). Com todo esse ecletismo, ele mistura várias tendências, que vão do jazz ao fusion, pop, rock e muita música brasileira.

Pra ouvir mais músicas do cara, eis aqui o myspace.

segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

Enquanto isso, num universo paralelo - [2]


... na Reversal Russa, os sorvetes que chupam você!
uhAUAuhhauHAUAHhahauhuAUHuhuHAuhhauhUAHuahuHA

segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

O Circo Borboleta



Esse filme/curta (cerca de 20 minutos de duração) é simplesmente genial; o roteiro, a fotografia, o figurino, atuações dignas de um Oscar, enfim uma obra de arte que você deve apreciar e curtir. Ele pode virar um filme/longa devido ao seu grande sucesso, o que seria um ganho sem igual para o cinema e um sonho pra todo cinéfilo que teve o prazer de ver esse curta.

A história ocorre durante o auge da Grande Depressão americana, o showman (Eduardo Verástegui) de um circo de renome leva sua trupe através da paisagem devastada do oeste americano, levando alegria e esperança às pessoas ao longo do caminho. Durante suas viagens, eles descobrem Will (Nick Vujicic), um homem sem pernas, braços e nenhum gosto pela vida, num "Show de aberrações", mas depois de um encontro peculiar com o showman, ele dirige a sua força contra aquilo que a sociedade sempre o fez acreditar, que ele não tinha valor.

Apesar das legendas em espanhol somente, dá pra entender (e se você entender inglês melhor ainda). Se não, procura lá no youtube esse curta que você acha com legenda em português, mas a qualidade tá bem inferior (por isso não coloquei aqui)

P.S.: Nick Vujicic (o cara sem braços e pernas) já apareceu aqui no blog.

sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

A Fantástica Fábrica de Feijão

Joãozinho, me dá esse feijão!
Secreto segredo de família
Magia que na floresta se esconde
Só Deus sabe onde

Em canto encantado te encontro
Ao ver esse feijão
Nascer em tão violenta condição
Só pode ser mágico

Vago-a-mente essa floresta me lembra
[uma fábrica
Pulsante canto de produção em massa
Engenha seus recursos além da prata

Fábrica que não vê lucro
Nem quando dominada é capitalista
Destruída, dá lugar a pista.

Diego Ruas

quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

Nada?

quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

"Meet Buck" - Conhecendo o Sogro



As cores, a ilustração, a música, a caracterização dos personagens e do universo deste jovem veado que numa visitação à sua namorada humana acaba por conhecer o seu sogro nada amistoso, é mais uma ótima façanha do mundo da animação.

Humanos pacíficos, outros mais intolerantes e diversas raças de animais vivendo em comunidade me parece uma boa forma de tratar com humor um tema tão peculiar quanto o preconceito.

Via: SmellyCat