Açaí é o fruto da palmeira conhecida como açaizeiro (Euterpe oleracea), planta típica de várzea. É nativo da Amazônia, onde seu consumo data dos tempos pré-colombianos. O açaí é um alimento muito importante da dieta amazônica. Hoje em dia é cultivado não só na Região Amazônica, mas em diversos outros estados brasileiros além de alguns lugares na Venezuela, Colômbia, Equador e Guianas, sendo introduzido para o resto do mercado nacional durante os anos 80 e 90. A palmeira pode chegar de 12 a 20 metros de altura
As utilidades da planta vão desde do tradicional "vinho do açaí", até cremes, sucos, sorvetes, picolés, licores, mingau (com farinha de tapioca, peixes, banana etc). O caroço pode ser usado para produzir artesanato e adubo orgânico de excelente qualidade. O cacho serve para fazer vassoura e adubo orgânico, e quando queimado produz uma fumaça que é utilizada como repelente de insetos como o carapanã e maruim. O palmito é bastante empregado no preparo de saladas, recheios e cremes e serve também como alimento para os animais. As raízes combatem a hemorragia e verminoses.
Para ser consumido, o açaí deve ser primeiramente despolpado em máquina própria ou amassado manualmente (depois de ficar de molho na água), para que a polpa se solte, e misturada com água, se transforme em um suco grosso também conhecido como vinho do açaí. A forma tradicional na Amazônia de tomar o açaí é gelado com farinha de mandioca ou tapioca. Há quem prefira fazer um pirão com farinha e comer com peixe assado ou camarão e mesmo os que preferem o suco com açúcar (ainda assim, bem mais grosso que qualquer suco servido no sudeste). Nas demais regiões do Brasil, as pessoas consomem o açaí congelado adicionando frutas, cereais e xarope guaraná. O que não é bem visto pelos nativos da região norte, que encaram a mistura como um desperdício de açaí. Conhecido como açaí na tigela, é um alimento muito apreciado por frequentadores de academias e desportistas.
Apesar do alto teor de gordura do açaí, trata-se em grande parte de gorduras monoinsaturadas (60%) e poliinsaturadas (13%), também presentes no abacate. Estas gorduras são benéficas e auxiliam na redução do colesterol ruim (LDL) e melhoram o HDL, contribuindo na prevenção de doenças cardiovasculares como o enfarto do coração.
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