terça-feira, 28 de dezembro de 2010

Rafflesia arnoldii, a flor-monstro

Planta famosa por produzir a maior flor do mundo, atingindo 106 cm de diâmetro e pesando até 10 kg. Ela produz uma substância que atrai insetos, que ficam presos no liquido pegajoso permitindo que a planta se alimente deles. A espécie é natural das ilhas de Samatra e Bornéu, na Indonésia. Rafflesia arnoldii, popularmente conhecida como flor-monstro, apelido que é bem apropriado: nas florestas da ilha de Sumatra, na Indonésia, já foram encontrados exemplares de até 1 metro de diâmetro, pesando 11 quilos.

Essa gigantesca flor é um parasita que sobrevive retirando nutrientes das raízes de uma árvore chamada Tetrastigma. "A Rafflesia é totalmente ajustada para essa função: não faz fotossíntese, não tem folhas, caule ou raiz. O corpo da planta é composto apenas por uma rede de pequenos vasos conectados à planta hospedeira", diz o botânico Philip Griffiths, do Jardim Botânico Real de Kew, na Inglaterra.



A flor enorme, que pode demorar até um ano para desabrochar, é essencial para a propagação dessa espécie. "As grandes pétalas possuem muito mais osmóforos, células produtoras de perfume para atrair as moscas que polinizam a flor. Assim, o alcance do odor é maior e conseqüentemente chama mais insetos", afirma o botânico José Rubens Pirani, da USP.



Mas o mesmo "perfume" que seduz as moscas afasta qualquer observador. Não é à toa que o odor de carniça exalado pela planta e a coloração da flor semelhante a carne podre lembra mais um corpo em decomposição do que uma flor, o que rendeu à planta outros apelidos nada lisonjeiros: lírio-podre ou flor-cadáver. Bem mais nobre é o nome científico, uma homenagem aos exploradores ingleses Stamford Raffles e Joseph Arnold, que descobriram a flor em 1818 durante uma expedição em Sumatra.

Fonte: Wikipédia