terça-feira, 7 de dezembro de 2010

Ode ao invisível

O belo e o novo
Se fundem de novo,
A beleza está nos olhos de quem não vê

Quem não vê,
Vê o ser,
Ser o que se é
E não aquilo que se pode ver

Pois os olhos são traiçoeiros
Me mantém na ilusão,
Como a lembrança e seu carteiro
Se prendem na paixão

Paixão não se decide
Não sabe se é amor
Não sabe se é raiva, ou se é dor
Não sabe se é saudade, se é rancor

Ao poeta resta a paz
Continua a escrever
Fala muito nada faz
Espera algo acontecer
Enquanto tudo se desfaz

Diego Ruas

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