quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

Clássicos: Tom Jobim & Elis Regina - Águas de Março



O sítio onde Tom Jobim compôs a música "Águas de março" localizado em São José do Vale do Rio Preto na Região Serrana do Rio foi devastado pelo último temporal que castigou a região. A força da água destruiu paredes, teto e levou todos os móveis da residência. A música talvez só não seja profética pois, dessa vez, as águas foram "de janeiro". Deslizamentos de terra, alagamentos e enchentes causados pelas fortes chuvas no Estado do Rio de Janeiro configuraram a maior tragédia climática do país, no início deste ano. Centenas de pessoas morreram.

A letra se assemelha a um fluxo de consciência, se referindo a seres como: pau, pedra, caco de vidro, nó na madeira, peixe, fim do caminho, etc. A metáfora central das "Águas de março" é tomada como imagem da passagem da vida cotidiana, seu moto-contínuo, sua inevitável progressão rumo à morte, como as chuvas do fim de março, que marcam o final do verão no sudeste do Brasil. A letra aproxima a imagem da "água" a uma "promessa de vida", símbolo da renovação. Um dos meses mais chuvosos do calendário da cidade do Rio de Janeiro, março é tipicamente marcado por tempestades torrenciais e ventos fortes, que por vezes causam inundações em muitos lugares, principalmente nos subúrbios da cidade.

19/01/2011 - 29 Anos sem Elis Regina.
25/01/2011 - Tom Jobim faria 84 anos.

Um comentário:

Vitor Calixto disse...

As águas de Marços q vira a renovação... Descanço depois do temporal...

Shalom heróis!!!