Temos acompanhado as pesquisas eleitorais. Aliás, nem há como não se manter informado. Na tevê, nas ruas, nas conversas de bar, é o que mais se vê e ouve. Mas podemos acreditar nelas? Elas são realmente válidas? Legítimas?
Num país em que o sigilo fiscal de um cidadão é quebrado com a maior facilidade, no qual mensalões e outras maracutaias permeiam a vida do Congresso Nacional, qual a garantia de que há alguma honestidade nestas pesquisas? Isso sem falar na margem de erro, se de fato forem pesquisas sérias.
Uma coisa é certa. Grande parte da população é formada por analfabetos funcionais, pessoas que sabem escrever o nome, algumas palavras isoladas, porém não conseguem sequer escrever uma pequena sentença nem tampouco uma carta ou e-mail a um parente. Gente que sabe ler, mas não interpreta o que lê. E é essa gente que recebe todos os dias folhetos com resultados de diversas pesquisas.
Fulano está na frente. Siclano está a vinte pontos à frente do Bertrano. Quando um político se vale de pesquisas para endossar seu êxito na campanha, o que ele quer? Qual o significado dessa manobra eleitoreira? E vale dizer, todos a utilizam, basta terem em mãos um documento validado por um instituto e reconhecido em cartório confirmando sua suposta ascensão ou liderança na campanha.
Diante de um povo cuja maioria carece de formação intelectual e de informação – isso sem falar no analfabetismo político que permeia a sociedade –, as pesquisas apelam ao instinto de sobrevivência. O que vemos é um apelo ao instinto animal do povo, que, diante da aparente superioridade de um candidato, escolhe o mais forte, aquele com maiores condições de oferecer proteção ao grupo como um todo, o líder natural da matilha, do bando, da manada.
É por essas e outras que ouço pessoas dizendo “a Marina é legal, mas tem um jeito tão frágil”. Frágil fisicamente, mas e daí? O que isso tem que ver com a presidência da república? O futuro governante precisará bem menos de força física do que de um espírito corajoso, uma mente perspicaz e um caráter ilibado. Mas isso raramente é visto!
Outros dizem que “não querem perder seu voto”. Daí, se optavam pelo Serra, no início da campanha, agora optam pela Dilma, afinal “se não podemos vencê-la, juntemo-nos a ela”. Tratar as eleições como uma aposta de corrida cavalos revela o grau de pobreza mental que possui parte dos eleitores brasileiros.
As pesquisas são um malefício para as nossas eleições, deveria servir apenas como instrumento de avaliação da campanha para os próprios candidatos, mas não como um aparelho de manipulação da intenção de voto do povo. Deveria nortear a maneira como eles têm se comunicado com a população, as propostas, os debates. Mas não é isso que se vê.
Ceticismo desmedido? Não, não sou cético; mas sim crente! E creio firmemente que não se está dando a esse instrumento de estatística e avaliação o seu devido uso.
Humberto Ramos
2 comentários:
Eu não gosto da Dilama em forma alguma mas acho que ela leva essa!
Ela é a coleirinha do Lula não é?
O serra? Nossa, esse tá fazendo uma péssima campanha, igual a que teve no Maranhão em 2006 onde todos atacavam Roseana. Bem, ela perdeu mas arranjou uma forma de voltar ao poder e pra cá vai vencer de novo. Jesus tem que ter misericórdia desse estado! E no caso do Serra, ele vai perder mesmo!
Juntos, com Marina presidente! O Brasil precisa de renovação, o Brasil precisa de marina, presidente!
Verdade Italo!!
Mas eu ainda tenho esperança q uma grande surpresa vai acontecer nos resultado! vamos ver né!
Só achei palha a postura da Marina de "amiga" da Dilma enquanto ataca o Serra pra ver se ganha os eleitores dele.. a Dilma é muito mais fácil de atacar, ela da bobeira o tempo todo velho.. sempre fala alguma merda ai pra ser zuada!
Enfim.. não custa ter Fé ainda!
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