Era uma vez... ou duas, ou três. Era um anônimo, um aluno da escola da vida, assim como todos nós. De mochila nas costas, barba mal feita e cabelo nada penteado saía por aí. "Por aí" não era um lugar... "por aí" eram todos os lugares.
Era considerado um louco, mas dizia ele que a loucura para a sociedade eram verdades não aceitas. Não tinha nome, era somente conhecido como Sr. Quadrado. Um ser muito estranho, ou pelo menos não muito normal. No seu coração a cada dia nasciam sonhos novos, vontades que vinham do nada e ele tudo escrevia em uma folha, um pedaço de jornal. Sua memória era traiçoeira e ele não queria perder sequer um devaneio de sua jornada.
Um cantil de água amarrado a cintura e um mundo a explorar. Muitas pessoas a ensinar, muitas coisas a aprender e muitos momentos a viver. Um filósofo do Amor, isso é, se ele fosse um filósofo é desses que seria. Não tinha bens, só as coisas que podia carregar na mochila, mas possuía um coração puro, uma sabedoria incrível, além de um desejo incomparável de viver. Não tinha muitos anos nas costas, mas talvez por viver tão intensamente cada momento sua bagagem parecia ter um século de experiências.
Um homem muito alegre e pensativo, porém, em certos momentos, um pouco bruto. Aqui deve-se colocar que sua brutalidade está nas tiradas verbais, que por sinal geniais, são tapas na cara (não literalmente é claro). Transbordava elogios aos outros, mas sempre que podia criticava os manipuladores da sociedade e as vãs doutrinas humanas. Tentava abrir os olhos daqueles que eram enganados. Seu coração clamava por uma revolução, pois ele não conseguia simplesmente se conformar. Nem por isso era um cara chato ou agressivo, muito pelo contrário era uma ótima companhia, apesar de totalmente imprevisível... Talvez uma incógnita seja sua melhor definição.
Esse é só o começo da estória, da incrível viajem sem destino do Sr. Quadrado.
Um comentário:
Se ser cristão é ser louco... eu quero ser o mais PIRADO de todos.
Postar um comentário