O belo e o novo
Se fundem de novo,
A beleza está nos olhos de quem não vê
Quem não vê,
Vê o ser,
Ser o que se é
E não aquilo que se pode ver
Pois os olhos são traiçoeiros
Me mantém na ilusão,
Como a lembrança e seu carteiro
Se prendem na paixão
Paixão não se decide
Não sabe se é amor
Não sabe se é raiva, ou se é dor
Não sabe se é saudade, se é rancor
Ao poeta resta a paz
Continua a escrever
Fala muito nada faz
Espera algo acontecer
Enquanto tudo se desfaz
Diego Ruas
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